domingo, 12 de agosto de 2012

Garçom!! Uma dose de dipirona!

É confuso quando não se tem nada em que se apoiar.
É dor, vazio, solidão, desespero e o nada.

Apenas um grande nada sem nada. Apenas batendo nas paredes da mente e ecoando em dúvidas.

Muitas vezes isso é tão insuportável que fica difícil respirar, pensar com clareza, levantar a cabeça e seguir em frente. É como se o corpo todo estivesse dolorido e qualquer impulso involuntário fosse o suficiente para que tudo doesse ininterruptamente. E esse impulso continua tentando nos manter vivos, com o sangue correndo no corpo, e a dor aumentando cada vez mais.

Muitas vezes isso pode ser resolvido com uma dose de dipirona (seja o que essa dipirona queira ser para vocês, uma atitude, uma solução rápida, um afastamento, qualquer coisa que finde a sua dor), e te traga a paz e o alívio que o fim da dor pode trazer.

Quem dera essa dipirona fosse algo eterno em nossas veias, que não nos permita mais sentir, amar, sofrer, sentir falta, saudade, angustia, solidão, arrependimento. Que não fizesse mais os outros sentirem pena, dó, medo de que possamos fazer algo errado. Que não nos permita mais magoar os outros, os próximos, os que se importam, o dizem que se importam, o que dizem estar ali mas tem sua própria vida, ou até aqueles que queriam estar ali mas simplesmente não tem coragem ou sustentação para estar.

Eu já tive uma prévia dessa paz e desse alívio, e é tão tentador, tão atraente, tão bonito e tão simples!
Mas ao mesmo tempo tão covarde e tão frio.

Basta analisar o que pode ser melhor no momento, e eu não sei qual o momento, nem qual a minha dipirona agora, mas sei apenas que quero que passe, que quero algo fixo em minha vida, que quero um ponto de segurança, que seja seguro, fixo, constante e com que eu realmente possa contar.

Basta pular da corda bamba... Desde que eu não caia no mar.
Bem. Basta acertar o pedido, dar o passo certo.
Basta fazer cessar.

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