"Bem mais doce do que a sorte que me faz cantar"

Existem coisas que você procura, e que não acha...
e só quando desiste de olhar em todos os cantos, é ela que te encontra.

Em muitos dos casos, essa coisa insignificante é o amor.
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Vou lhes confessar que venho pensando a alguns dias sobre como abordar esse assunto, em quais canções melhor se encaixariam no que eu quero lhes dizer e em como eu quero lhes contar isso, e muitas canções passaram pela minha cabeça, mas nenhuma me fez respirar fundo e sorrir como essa me fez a vida toda.

Isso pois, como a boa canceriana que sou, sempre acreditei no amor como uma coisa utópica e estranha, que não se deixa encontrar. Algo meio sacana e abestalhado, pela qual você procura desesperadamente e somente, e apenas somente no instante em que você deixa de acreditar que ele possa realmente existir ou que você possa amar novamente, ele se joga na sua cara, da maneira mais estúpida e besta possível. E te permite mudar totalmente o rumo da sua vida.

É complicado falar de amor, pleno, puro e completo. É algo inefável.

Eu acredito que AMOR é aquele sentimento que te permite ser livre e dar liberdade a quem você ama, sem o medo de perder ou sensação de incerteza, é algo que permite que você se sacrifique por aquilo que ama e não sentir dor ou culpa ou abandono depois. Amor é o sentimento que te permite sorrir quando deveria chorar, apenas por que o outro está sorrindo, que te permite abrir mão pra ter certeza que o outro vai estar melhor assim.

E quando você encontra isso, o de verdade, você pode se distanciar o quanto quiser, o universo vai te trazer de volta e nunca deixará você se afastar dele.

O amor prega suas peças, sempre.
E você vai cair nelas, não importa o quanto você fuja.

Amor é a culpa de você preferir ver ela toda desarrumada no fim daquela tarde em casa vendo filme, é a culpa de você preferir ver ele todo descabelado quando acorda, é culpa de você preferir dormir usando a camisa velha e rasgada dele e não o seu pijama confortável, é a culpa de você sentir vontade de dançar com ela aquela música estranha que só ela gosta. Amor é a culpa de você ficar totalmente desconfortável, torto e desajeitado dormindo de conchinha, pra dormir sentindo o melhor perfume do mundo, mesmo sendo apenas suor ou o sabonete.

É essa sensação que faz com que tudo seja doce e tranquilo. É a sensação de desespero quando você se está longe o suficiente para sentir saudade. É a sensação de alegria quando, no reencontro, a metros de distância a pessoa te vê e simplesmente sorri. É a euforia do beijo e a paz do abraço.

É algo que te permite "Esquecer o mundo livre que não deixa inventar a fantasia".
É apenas "a calmaria plena no meu quintal".