sábado, 29 de dezembro de 2012

As falhas no canteiro

As falhas no canteiro em que plantei
flores que esperaram a primavera que nunca veio
e todos poemas que falei
de nada valeu agora que tudo vai indo sem parar

Eu já tentei
eu já fiquei
com esperança de algo mudar
e assim fazer melhorar
e só assim eu voltar
para nunca mais parar
a não ser se for
pra contemplar seu olhar

As falhas no canteiro em que plantei
Lembram um pouco meu coração


Reflexão de uma vida perturbada.

A cada dia me surpreendo mais comigo mesmo, quando penso que já fiz as façanhas mais absurdas e obscuras que achei ser possível, me encontro denovo sem remorso entregue a perdição, é costume simples, é o valor ao nada que eu tanto dou, é o apego momentâneo que me apaixono e insisto mesmo sabendo que nunca dará certo e que nunca irá ser certo, mas é tão desfrutador pra mim que vale todas consequências, porque ter mais um dia chato pra mim é um saco, então procuro diversão e muitas vezes é em vão, mas gosto da sensação nostálgica, me faz pensar... Nas conseqüências que virão. No que podia ser e agora não é, no que desisti sem ao menos começar, no que me chamaram pra participar, mas estava longe demais pra dar a alma na construção, no abraço que não dei, no beijo que deixei, o amor que desperdicei, a vida que eu quis não é essa, mas insisto em acreditar que dessas dores é que virá o que tanto desejei. Então se você decidir ficar e acatar essa causa... Não lhe prometerei nada. Porque meu próximo passo nem eu mesmo sei... Mas sei que já amei e deixei de amar, então sei que tudo tem somente um valor momentâneo e se passar... Já era!!


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Escravos de Jó......




Marionetes ou não?

Perdoam-me caso o texto parecer um tanto, como posso descrever talvez: Agressivo!
A sociedade nos cobra tanto e somos a sombra de quem nos criou. Sejam pais ou avós, ou ate mesmo a própria sociedade. Somos escravos e robôs dela, devemos fazer e agir da forma correta perante a ela.
Ate a propaganda nos joga isso. Vejam:



Todos os requisitos COBRADOS pela SOCIEDADE. Quem disse que um tatuado não pode ter um carro desses ou ser um grande executivo? Ah.. sim... antropologicamente é errado em certas sociedades ou tribos, vamos usar essa como referencia à aquela.

Viver sobre sombras é tão ruim quanto construir a própria imagem.                                   
“O filho do Augusto dos Anjos o Advogado, sabe?” O filho não tem nome, não possui vida própria, vontades, desejos e ideias?
Como vamos sobreviver a uma sociedade e uma sombra que ao mesmo tempo nos protege ela nos prende a uma imagem, a qual, nem sempre estamos dispostos a pagar o preço?
Tudo tem o lado positivo e ruim, mas, quando o ruim interfere na sua vida, suas decisões vão mudando sua vida toma rumos diferenciados sejam de acordo com a sombra ou saindo da regra. Exatamente aqui, que entra a imagem, a tal falada no outro post, a ideia agora é:
Você mora em outra cidade, saiu da sombra do tão famoso sobrenome e reconhecido mérito pelos seus pais ou alguém da família. Você é um ZÉ NINGUÉM AGORA!Mais um cidadão pra somar a uma cidade, quem sabe capital, é SÓ MAIS UM, no meio de milhões. Sente-se bem com isso?Porque não possui uma imagem já pré estabelecida a você, mas, quer saber. COMEÇOU DO ZERO. O que seus pais, seus reconhecidos da sua antiga cidade faziam e era obrigado, você terá que fazer do começo.
Tudo novo, amizade, casa, trabalho, talvez ate seu namoro. Trabalho em dobro pelo jeito não?Um preço alto pela liberdade ou será que realmente existe essa liberdade?Somos livres pra sermos quem queremos e desejamos ou somos apenas marionetes de uma tribo, onde muitos são os influenciadores da sua vida, outrem opiniões e alguns certamente decidirão seu futuro.




QUEM NÓS SOMOS?

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Você ama ou odeia o natal?



Natal…doce e amado natal.





Sempre nessa época de ano as pessoas ficam felizes ou outrem tristes pela data. São sempre a mesmas funções, parente surgindo do nada para incomodar, a casa cheia, pessoas dormindo no seu quarto, na sua sala, usando suas coisas. Mas você ganha mais presente, mais zuações e tudo mais!

Algumas pessoas, como eu, não gostam do natal. Confesso que os últimos anos foram corrompidos por más lembranças em datas do gênero, mas, no fundo eu gosto da data. Não! Eu amo.

A única coisa que me deixa triste são as situações inexplicáveis e impossíveis de fugir da minha família. Mas família é família. Nos últimos dias, assim como alguns que estão lendo, fugir de combinar o natal, evitando o assunto, me sentindo depressiva e com repulsa a data – como em todos os anos – mas um vídeo. Sim um vídeo, me cativou, conversas e monólogos me convenceram de que o ruim é pra esquecer e devemos aproveitar os bons momentos, mesmo sendo breves.

Esquecer os péssimos momentos e aproveitar os que virão! Okey isso é tão piegas! Se é.
Deixe-me finalizar, se não é por você a comemoração faça por alguém que valha a pena. Faça uma criança sorrir então, um primo pequeno que te irrita sempre, a sobrinha. Não deixe a magia do natal de lado, faça as crianças sempre acreditarem nela e no natal. 


domingo, 9 de dezembro de 2012

A fantástica fábrica de opniões pré-moldadas

Pras cucuias com o que você pensa. Pro quinto dos infernos com os seus conceitos pré moldados.
Eu li o  tons de cinza. Desculpe pela explosão.

Essa semana tive a oportunidade de começar a ler o tão criticado/amado/curioso 50 tons de cinza, e confesso que estava intrigada com as diversas críticas, comentários, conversas, indicações e não indicações que tenho ouvido sobre esse livro, mas duas delas foram cruciais para que eu o desejasse como foco de leitura.

Tem algum tempo que ouço falar desse livro, e como já disse o Gabriel, o pensador em outra oportunidade sobre outro assunto, "dizem que é do bom, dizem que não presta", mas a curiosidade matou o gato me atiçou. Uma grande amiga minha me indicou o livro como "reflexivo, interessante, excitante e sensual" dizendo que se tratava de uma descoberta, e uma colega de trabalho (que nunca me desceu pelas suas opiniões fechadas e carregada de pré-conceitos e preconceitos) me disse que o livro era "nojento, depravante, que trata de uma menina que faz o que o cara quer pelo dinheiro dele" e sentiu-se degradada pela forma que ele fala de sexo.

Confesso que ao começar a lê-lo cuidei ao máximo para não mostrar a capa do livro, justamente para evitar esse olhar de desconfiança ou de  preconceito, mas isso apenas por eu ainda não ter uma opinião formada sobre o livro e que eu pudesse responder.

No decorrer dessa leitura me deparei com 3 fatores que mudaram a minha vida, NOT me ajudaram a perceber como as pessoas formam opiniões e criam conceitos pré formulados, sobre as coisas pelo simples fato de ELAS não estarem bem resolvidas consigo mesmas, e não se permitem conhecer o que lhes parece inconformável. Para que possam entender o porque de tanta repercussão sobre esse livro: O personagem principal é um ricaço com problemas pessoais e adepto do masoquismo. A personagem principal é uma garota virgem, romântica, que se apaixonada por ele e que decide se entregar a ele....

Deixa eu ver se descobri qual foi o conceito que você deve ter tirado dessa prévia: Ela se entregou ao sadomasoquista porque ele tem muito dinheiro. Mas não. Não é disso que fala a história. Mostra os conflitos pessoais de uma garota que se apaixona perdidamente por um cara que é todo problemas e que ela não sabe como lidar com isso, de todo o dinheiro (que ela não gosta dos gastos dele com ela) e que ela se encontra em um frenesi sexual de sua primeira relação. Ele é um cara com problemas crônicos, que só conhece uma forma de fazer sexo, mas que se apaixona perdidamente por uma garota que é inocente de tudo e que faz ele começar a mudar, e se permitir aproximar-se de alguém não como dominador, mas como um namorado.

Meio clichê. Olhando agora, acho que jamais leria esse livro se tivesse encontrado essa minha resenha...
Bem, não vem ao caso, concordo que tem trechos de narração de sexo explícito, que são muito bem montadas, e são essas cenas que causaram o reboliço, ela descreve com perfeição de detalhes o frenesi, as sensações, as nuances, os toques e sentimentos de todo o ato, desde a eletricidade do toque antes do beijo, até os calafrios e a moleza pós orgasmo. Desse ponto eu percebi que, a mim, e a outros que estão bem com suas vidas sexuais, os detalhes do livro não perturbam  e muito menos são destoantes, na realidade ele até se torna um pouco cômico com as situações cotidianas de um mandão que tenta por na linha uma cabeça dura.

Ao tachar o livro como pornográfico, agressivo ou nojento, as pessoas estão apenas se fechando a parte sexual da história. NINGUÉM acredita em histórias de casais que não parecem reais, trazer o sexo de forma tão pontual e detalhada apenas trás mais veracidade a história. Todos estão cansados de livros, histórias, filmes que os casais nunca transam, que as brigas de ciumes quebram a casa, e onde "apanhar durante o sexo" remete a roupas de couro, chicotes e sangue. VAMOS E VOLTAMOS, toda mulher bem resolvida gosta de tomar um tapa durante a transa, gosta que lhe deem uma puxadinha no cabelo quando é beijada, gosta de ser presa nos braços do seu homem e gosta de ser dominada na cama (esse ultimo salvo as dominatrixes que dominam seus homens, mas se sentem seguras assim e esse é o ponto).

Entretanto, as pessoas que não são tão bem resolvidas o pensamento de tomar uma palmada pode até ser excitante, mas é inadmissível. Mas apenas porque não conseguem separar as questões e nunca tiveram uma situação dessas, ou pois consideram que seja errado que as emoções e misturem. E acabam sendo extremamente agressivas e preconceituosas sobre esses padrões, nunca tiveram a oportunidade de arriscar em algo. Existem pesquisas que dizem que um dos maiores fetiches entre as mulheres é transar com pessoas que elas não conhecem, ou que desejam sexo selvagem. SIM É NORMAL, geralmente medo gera tesão.

E isso se aplica aos mais diversos assuntos, religiosos com ateus, vegans com comedores de carne, as pessoas criam conceitos pré-moldados e formulações socialmente aceitas para padrões que não deveriam existir e vestem carapuças que não são suas. Muitas das pessoas que vejo criticando o livro falam das questões sexuais, não da formulação da história, muitos dos vegans que reclamam dos comedores de carne é pela questão de matar animais, não pela saúde, muitos dos religiosos que atacam aos ateus é pelo não acreditar em algo. Conceitos pré-moldados na fábrica medíocre da sociedade.

Mais vale uma opinião sincera sobre algo que você não goste, do que fingir não gostar de algo por que a sociedade taxa como errado. Rever conceitos? Não... Apenas assumir suas próprias opiniões.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O preço de uma pessoa.


Quanto você vale?


Não vale usar aqueles aplicativos de “quanto vale seu perfil”, eu perguntei quanto VOCÊ vale.  Cada um de nós tem o nosso valor alguns são mais ou outro menos, isso depende do seu caráter e do ponto de vista de segundos e terceiros.

Você demonstra seu valor nos princípios básicos que nos é ensinado. Educação, respeito, saber ouvir e falar, ajudar o próximo, ser fiel, falar a verdade, não cometer delitos, ou seja, seu caráter.

Não! Não precisa ser o mocinho com perfeita índole, o qual, nunca comete erros ou se enfurece por algum motivo pequeno.  Mas deve sim valorizar alguns princípios como ser fiel.

Ser fiel não é somente para companheiros e companheiras, mas, pros amigos. Saber lidar com eles, ajudá-los em momentos difíceis ou mesmo aqueles toscos e alegres, nos quais você teve a grande chance de estar em um local luxuoso e trocou pra ficar com seus amigos.  Aquela tarde ou noite de conversas de desabafos e conselhos ou as festas eloqüentes que rendem boas historias pros filhos e netos.

É saber sair um pouco da sua rotina para doar seu tempo ao amigo, que esta precisando de uma atenção. É infernizar essa pessoa pra saber se está bem, é defendê-la dos maus intencionados, avisarem dos perigos e da diversão. É mesmo cansado ouvi-lo e compreendê-lo, é sabe que você pode xingar e tem autoridade pra tirá-lo da cama e pôr-lo.

 Parece um trabalho árduo? Trabalho sempre é remetido a algo chato, nesse caso você faz por prazer porque seu amigo é importante e você o ama. Então a pergunta é:

Quanto você vale pro seu amigo? 


domingo, 2 de dezembro de 2012

Um lagartear ao sol

Aquele momento em que você fica perdido, olhando as paredes do quarto, apenas sentindo-se só, mas dando graças a Deus por estar assim, sozinho em seus pensamentos, sem cronogramas, sem horários, sem previsões sem programações... Sem expectativas.

A não expectativa é uma das melhores e mais desgastantes sensações que se pode ter...É complexo... É a falta de sensações, é a falta de sentimento, é a falta da angústia, da ansiedade. É o vazio emocional. é o brando, calmo, escuro, silencioso e vazio espaço emocional onde apenas você se encontra.

É nesse momento em que você se encontra, que você se delimita e de delineia. Que você consegue se entender por inteiro e se reestruturar nos seus moldes. Sempre gostei desses momentos em particular, em que me pego sozinha e distraída, olhando as paredes claras que me cercam no quarto, sem som, sem música, sem conseguir identificar o que me toma por completo. São sempre nesses momentos que consigo balancear os prós e os contras da minha vida sem deixar que o sentimental se mostre.

Muita gente não se permite ter esses momentos, ou talvez apenas não descobriram que esse momento existe, e simplesmente vive no impulso de suas emoções e não pensa em como isso pode lhe afetar, ou como isso afeta quem está a sua volta, os resultados que isso reflete no seu ser. Pessoas impulsivas te cativam e te influenciam de uma maneira tão natural que você não se sente influenciado, e quando vê está envolto em uma névoa de insegurança e impulsividade de onde é difícil fugir.

Passei uma séria fase numa dessas nuvens impulsivas, pelo medo excessivo de ficar só, durante um tempo cai nesses devaneios com tamanha frequência, que em um determinado momento simplesmente parei de sentir e comecei a apenas pensar em tudo de uma forma muito mecânica e passei a sentir falta de mim. E a sentir medo de ficar só, de me tornar menos humanas.

Sei de pessoas que insistem em tentar se trancar nesses devaneios, mas não percebem que não é forçando que esses devaneios vem, que não é ficando sozinho o tempo todo que vai conseguir invadir o vazio emocional que libera essa orda de pensamentos. Isso os torna apenas menos humanos, menos palpáveis, menos reais, menos presentes, e muitas vezes quando em grupo, menos interessantes e um bom tanto desagradáveis. Essas, tem que entender que apenas quando estiver distraído o suficiente é que conseguirá por os pensamentos em ordem, e não por que está sozinha.

Alguém uma vez disse que "solidão não é estar só, é sentir-se só em meio a uma multidão", e eu considero essa uma das verdades mais profundas da vida moderna, um dos fatores mais cruciais para o mundo que temos hoje, para a grande disseminação das redes sociais, para o afastamento de amigos, para a não saudade de pessoas próximas, para a não ausência de amigos, para a não falta de abraços, beijos, carinhos e cafunés... Esses por sua vez tem até perdido o sentido.

Eu só realmente percebo que estou carente ( e nesse ponto eu imploro por colo, carinho e atenção, mesmo que falsa e de curta duração de qualquer pessoa que possa me abraçar) quando me pego fazendo cafuné em mim mesma, o que não é um cafuné. Cafuné é receber carinho de alguém, é fazer carinho em alguém, é pegar no colo, dar um abraço, sentir o cheiro, não o simples ato de esfregar as mãos na cabeça.

É a ausência constante de expectativa, ou a presença constante da falta de esperança, já não sei dizer, que causam esse efeito. Acho que faltam paredes claras e momentos de devaneio no mundo, a redefinição de prioridades, ou apenas falta ao mundo sair pra ver a luz do sol, sem seus computadores, seus IPods, Iphones, notebooks e redes wireless, sentar sob o sol, fechar os olhos e lagartear, até que seu devaneio esteja completo.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Só um desabafo de um dia de uma crise angustiosa (Um)




onde se escondemos dessa vez??
e não chove assim à dias no peito
eu sempre odeio o gesto de talvez
talvez eu deixe de viver no meu leito

Eu sinto que as coisas andam pra traz
e agora já tanto faz
eu cuspo no meu prato e não há nada
e sempre haverá nada

Eu vou começar denovo
vamos fazer algo novo
estrelas cadentes não realizam desejos
e nunca alivia nada em que percebo

Vai ou não vai
eu vou ficar
não vou perguntar
você sabe onde vou estar...

(Quero meu direito de ser adolescente ficar nervoso a toa, encher a cara e jogar tudo pro alto)