quarta-feira, 29 de maio de 2013

E foi dada a largada….

Você tem 45 minutos pra terminar.


A tão e eficaz mania de deixar os trabalhos pro segundo tempo e na ultima hora. Ééé.. assim que você termina com seu final de semana ou a hora de folga no trabalho. Sempre...sempre é mais divertido fazer o trabalho no último prazo, se for de faculdade de preferência no dia da entrega ou meia hora antes de ir à aula.
O que leva você a fazer isso?Quem saber uma única coisa: A-D-R-E-N-A-L-I-N-A. Ahhh aquela sensação de se fuder em pouco tempo e a esperança de tudo a certo em poucos minutos. A sensação de você falar a si “Eu sou foda”, e concluir um trabalho na pressão e ver que ele ficou genial, ou extremamente bem elaborado. Ahh a sensação de desespero mesclado com “eu posso!”. É nesses momentos que você prova a si a sua capacidade de inventar lorotas pra introdução e desenvolvimento do trabalho e descobri que você pode baixar o santo na última hora e explicar assuntos que nem mesmo em aula ou reunião você podia explicar.
É nesse momento que você ou faz de qualquer jeito e não se estressa, faz o trabalho a trancos e barrancos ou como disse antes, encarna um santo da sua área e escreve tão fluidamente que decidi fazer todos seus trabalhos assim,só porque os melhores foram nessa  maldita e tão bendita pressão e suas notas foram as maiores, sem contar os elogios que te fazem pensar “Certo, da onde eu tirei essa porra mesmo?”
O melhor é quando o trabalho tem que ser apresentando. Aaaaaa ae aquela sensação aumenta você pensa que ta fudidão e no final consegue tudo em um passe de mágica e pra melhorar na hora da apresentação mente tão bem que convence ate mesmo seu professor de que fez o trabalho há uma semana atrás ou convence o seu chefe da melhor proposta.
E o melhor de tudo. Você sempre se propõe a essa aventura. Por vezes se torna ate mesmo viciado e o mestre em fazer o gol nos 45 minutos do segundo tempo. E o que te torna diferente dos outros? Nada, você apenas prefere fazer tudo de última hora, por vezes fica melhor do que do colega que demorou semanas pra concluir outras ficou apenas bom.  A única diferença mesmo é a adrenalina.  Do “Eu to fudido” pro “ Eu sou foda”.


domingo, 26 de maio de 2013

"Let's keep the moon awake And do electric boogaloo"

Quantos amigos você tem?
Pode recolher os dedos, quero saber os amigos de verdade, aqueles que você pode ligar de madrugada só pra dizer que queria gastar parte dos créditos pra internet no seu celular não acabar com eles. E ainda assim não ser assassinado.

Hoje a vibe é essa aqui

Quantas vezes você se sentiu sozinho e ligou para alguém?
Ou melhor, para um amigo?

Sabe aquele tipo de amigo que você pode passar meses sem conversar, sem ver na frente que, do nada, quando se encontrarem será como se tivesse conversado com ele até 5 minutos atras? Ou então aquele amigo que você não consegue passar um dia sem falar com ele, seja uma ligação ou sms? Sabe?? Aquele amigo que você sabe, que independente da época do ano vai estar usando aquela maldita toca peruana que ele arranjou em algum lugar? Ou então que você sabe que, não importa o quanto enrolado ele esteja com as coisas da faculdade, ele ainda vai te mandar o último turno de rpg que ele escreveu só pra você se divertir com a saga e pedir sua opinião, mesmo que você não faça ideia do que aquilo seja.

Pois é... Esses são os amigos que você tem de verdade.

Eu tenho pouquíssimos com os quais eu realmente posso contar, em qualquer situação, hora, lugar. De qualquer jeito. Tenho raríssimos desses. Raríssimos mesmo, na verdade 3 que eu amo tanto quanto irmãos, que sei que sempre estarão comigo.

Claro que tenho mais amigos, mas não chegam nesse nível de saber exatamente o que usam, ou como estarão ou o que me dirão das coisas, que não me enforcarão independente da hora que eu ligar. Que sempre vão me dar colo. Que me conhecem melhor do que eu mesma.

Mas pra chegar nesse ponto, nesse nível de confiança foi muita coisa que tive que aprender, e não, eu não falo deles, falo de mim mesma, a forma como eu fui crescendo e desenvolvendo até perceber que eu sou exatamente como eles, eu tenho os mesmos problemas, a mesma falta de tempo, a mesma falta de paciência e a mesma indisponibilidade, mas mesmo assim, eles ainda são sinônimo de força e superação pra mim. E tenho certeza que eu também sou para eles.

Esse é o verdadeiro sentido de amizade.
Uma vez alguém disse que "amigos são irmãos que a gente escolhe", na verdade eu acho que amigos são os super heróis que nós inventamos para ter por perto. Sinceramente, eu acredito que podemos viver sem um grande amor, sem marido, namorado, até mesmo sem o contato da família, mas é impossível viver sem amigos de verdade. Deve ser a coisa mais miserável do mundo não ter um desses.

Tem gente que tem os mesmos melhores amigos desde a infância, tem gente que do nada abandona todos e acha novos a cada fase da vida. Sinceramente, eu nunca tive amigos TÃO próximos como eu tenho agora. Sempre fui uma pessoa extremamente sociável, o que facilitava um grande número de pessoas a minha volta, mas nunca fui uma criança de ter amigos próximos o suficiente pra dormir fora sabe.

A primeira vez que dormi na casa de uma amiga por opção minha, eu já tinha 16 anos e mesmo assim, não me sentia confortável para tal, pois não me sentia tão confortável com a pessoa para tal. Era sim uma boa amiga, mas não era uma grande amiga. Bem quanto a isso até hoje não sou muito fã de dormir fora, mas quando se trata das pessoas que citei antes, não tem importância. é como dormir em casa, só que num quarto novo.

A questão do dormir fora não passa da confiança adquirida na pessoa, você sabe que a pessoa realmente está confortável com a sua presença e que você não vai atormentá-la por estar dormindo ali. É a mesma coisa com a proximidade pessoal, se você pode dormir com ela, pode confiar a ela suas tormentas.

Muito da amizade não é o que as pessoas dão delas para você, mas sim o que você oferece para elas, para assim ter algo em troca. Na verdade não é nem EM TROCA o termo, mas sim, em conjunto. Quando você tem um amigo de verdade, você não mede o que fez ou deixou de fazer pela pessoa, pois também não se sente na obrigação de fazer algo, é uma questão de harmonia. Você sabe que a pessoa também não está te julgando.

Mas é preciso maturidade para esse tipo de amizade, é preciso entender que você realmente se põe no lugar da pessoa, que você não é mais apenas você, você é o exemplo, o orgulho e a confiança de mais alguém, alguém esse que se torna seu herói, seu ídolo, seu superstar. Que você não vai querer brigar com essa pessoa por nada, nem por você mesmo, e quando brigar, será tão desconfortável que vocês se resolverão e sobreviverão a isso.

Afinal, eles são aquilo que apenas você conhece, e conhece como ninguém, que vai chegar usando o mesmo tom de azul que você esperava ver ele usando e passarão a noite em claro cantando as mais estúpidas músicas que vocês conhecem.

domingo, 5 de maio de 2013

"I just found out her ghost left town"

Não se pode viver preso a coisas que você já passou.
Elas simplesmente acabaram, não há motivo para continuar revisitando elas, por mais correto que isso pareça.


Quem nunca na vida fez uma cagada da qual se arrepende mortalmente? Ou tem um segredo que não conta nem para si mesmo no meio do banho? Todos somos culpados de algo que fizemos, pode ser ontem, hoje ou a 25 anos atrás, pode ser uma pessoa que magoamos ou mesmo uma coisa que fizemos a nós mesmos, mas todos temos uma culpa guardada e que nos retalha toda vez que nos deparamos com algo similar no nosso dia a dia. E é essa culpa que nos "auto-rotula" de coisas que não somos, ou aprendemos a não ser mais. É essa culpa que nos pesa toda vez que somos questionados disso.

Mas adianta? Passar o resto de nossas vidas tentando nos esconder de nós mesmos por um erro que cometemos e já pagamos as consequências? Vale a pena passar o resto dos seus dias se retendo e não se permitindo viver por medo de algo que você fez e que APENAS VOCÊ se rotula por ele?

Todos nós temos fantasmas pessoais que estampam em nossas mentes coisas que não somos, na verdade, nos fazem acreditar que podemos ser, coisas ruins que não refletem nossa real personalidade e nos prendem a isso de uma maneira tão singular que nos faz viver dessa forma, ou nos envergonhando de nós mesmos por sermos isso ou aquilo.

Conheço garotas que se auto-rotulam de "piriguetes" pois cometeram o erro de se apaixonar por um cafajeste qualquer que as fez acreditar que não passavam disso, conheço garotos que, depois de tanto correr atrás de garotas que nunca os mereceriam passaram a acreditar que eram cafajestes que não se ajustavam em relacionamento algum, conheço caras que se acham covardes e insignificantes pois foram condicionados a acreditar nisso pois em algum momento de sua infância não conseguiram conter alguma situação. São pessoas que se auto-rotulam e se condicionam a aceitar serem tratados dessa maneira por cometer apenas um erro.

É necessário expulsarmos os fantasmas que nós mesmo plantamos em nossa personalidade, que não nos permitem ser nós mesmos o tempo todo, que nos limitam de crescer e olhar o horizonte, que fecham nossas barreiras e não nos deixam ver as flores. Somos todos patinhos feios que nunca percebemos que nos tornamos belos cisnes.

Poucas pessoas vão conseguir isso, perceber que o que os prende já deixou de existir e desistiu de os assolar, e em um momento todos deveríamos sentir isso, nos livrar disso. Só nesse momento que conseguiram ser felizes de verdade, na essência. Anos e anos se culpando, taxando e determinando de algo que não são, os condicionou a algo melhor, pessoas mais fortes, mas só depois de nos livrarmos desses paradigmas que nos impomos.

As garotas que citei acima, são as mais caridosas e dedicadas aos amigos, as mais pacientes e educadas que conheço, mas mesmo assim, aceitam ser tratadas como um mero pedaço de carne por muitos rapazes por acreditarem que merecem isso, que não passam disso. Os cafajestes são os garotos mais carinhosos e amáveis que uma garota poderia querer, mas mesmo assim, continuam agindo de maneira idiota, pois acreditam piamente que nunca poderão fazer uma garota feliz, pois não estão condicionados a isso.

Eu já fui uma dessas pessoas, na verdade eu era até bem pouco tempo, mas percebi que não havia nada que eu pudesse fazer para mudar o meu passado e que, o que podia ser feito já havia sido feito, eu já havia pago a minha dívida comigo mesma e com as pessoas que eu errei. E foi isso que eu fiz, eu segui em frente, e não é tão difícil.

Basta erguer a cabeça e gritar "Olá coisa estranha na minha vida, por que a gente não se aproxima? Quem sabe a gente aprenda até a viver juntas, mas você não faz parte de mim", e sentir o calor do sol. É como deixar sair o inverno para penetrar profundamente em uma primavera calorosa e sem igual, você não tem escolha, você pode passar a primavera e o verão inteiros dentro de seus casacos de lã, mas será tão confortável quanto nadar em uma piscina de giletes.

Apenas permita-se perceber que o mundo é maior que o letreiro que você acha que está preso em sua testa, se permita ser feliz, se permita seguir a diante. Perdoe-se. Apenas isso pode fazer de você uma pessoa melhor... Escute a musica que vem do fundo de sua alma e siga em frente.