sábado, 29 de dezembro de 2012

As falhas no canteiro

As falhas no canteiro em que plantei
flores que esperaram a primavera que nunca veio
e todos poemas que falei
de nada valeu agora que tudo vai indo sem parar

Eu já tentei
eu já fiquei
com esperança de algo mudar
e assim fazer melhorar
e só assim eu voltar
para nunca mais parar
a não ser se for
pra contemplar seu olhar

As falhas no canteiro em que plantei
Lembram um pouco meu coração


Reflexão de uma vida perturbada.

A cada dia me surpreendo mais comigo mesmo, quando penso que já fiz as façanhas mais absurdas e obscuras que achei ser possível, me encontro denovo sem remorso entregue a perdição, é costume simples, é o valor ao nada que eu tanto dou, é o apego momentâneo que me apaixono e insisto mesmo sabendo que nunca dará certo e que nunca irá ser certo, mas é tão desfrutador pra mim que vale todas consequências, porque ter mais um dia chato pra mim é um saco, então procuro diversão e muitas vezes é em vão, mas gosto da sensação nostálgica, me faz pensar... Nas conseqüências que virão. No que podia ser e agora não é, no que desisti sem ao menos começar, no que me chamaram pra participar, mas estava longe demais pra dar a alma na construção, no abraço que não dei, no beijo que deixei, o amor que desperdicei, a vida que eu quis não é essa, mas insisto em acreditar que dessas dores é que virá o que tanto desejei. Então se você decidir ficar e acatar essa causa... Não lhe prometerei nada. Porque meu próximo passo nem eu mesmo sei... Mas sei que já amei e deixei de amar, então sei que tudo tem somente um valor momentâneo e se passar... Já era!!


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Escravos de Jó......




Marionetes ou não?

Perdoam-me caso o texto parecer um tanto, como posso descrever talvez: Agressivo!
A sociedade nos cobra tanto e somos a sombra de quem nos criou. Sejam pais ou avós, ou ate mesmo a própria sociedade. Somos escravos e robôs dela, devemos fazer e agir da forma correta perante a ela.
Ate a propaganda nos joga isso. Vejam:



Todos os requisitos COBRADOS pela SOCIEDADE. Quem disse que um tatuado não pode ter um carro desses ou ser um grande executivo? Ah.. sim... antropologicamente é errado em certas sociedades ou tribos, vamos usar essa como referencia à aquela.

Viver sobre sombras é tão ruim quanto construir a própria imagem.                                   
“O filho do Augusto dos Anjos o Advogado, sabe?” O filho não tem nome, não possui vida própria, vontades, desejos e ideias?
Como vamos sobreviver a uma sociedade e uma sombra que ao mesmo tempo nos protege ela nos prende a uma imagem, a qual, nem sempre estamos dispostos a pagar o preço?
Tudo tem o lado positivo e ruim, mas, quando o ruim interfere na sua vida, suas decisões vão mudando sua vida toma rumos diferenciados sejam de acordo com a sombra ou saindo da regra. Exatamente aqui, que entra a imagem, a tal falada no outro post, a ideia agora é:
Você mora em outra cidade, saiu da sombra do tão famoso sobrenome e reconhecido mérito pelos seus pais ou alguém da família. Você é um ZÉ NINGUÉM AGORA!Mais um cidadão pra somar a uma cidade, quem sabe capital, é SÓ MAIS UM, no meio de milhões. Sente-se bem com isso?Porque não possui uma imagem já pré estabelecida a você, mas, quer saber. COMEÇOU DO ZERO. O que seus pais, seus reconhecidos da sua antiga cidade faziam e era obrigado, você terá que fazer do começo.
Tudo novo, amizade, casa, trabalho, talvez ate seu namoro. Trabalho em dobro pelo jeito não?Um preço alto pela liberdade ou será que realmente existe essa liberdade?Somos livres pra sermos quem queremos e desejamos ou somos apenas marionetes de uma tribo, onde muitos são os influenciadores da sua vida, outrem opiniões e alguns certamente decidirão seu futuro.




QUEM NÓS SOMOS?

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Você ama ou odeia o natal?



Natal…doce e amado natal.





Sempre nessa época de ano as pessoas ficam felizes ou outrem tristes pela data. São sempre a mesmas funções, parente surgindo do nada para incomodar, a casa cheia, pessoas dormindo no seu quarto, na sua sala, usando suas coisas. Mas você ganha mais presente, mais zuações e tudo mais!

Algumas pessoas, como eu, não gostam do natal. Confesso que os últimos anos foram corrompidos por más lembranças em datas do gênero, mas, no fundo eu gosto da data. Não! Eu amo.

A única coisa que me deixa triste são as situações inexplicáveis e impossíveis de fugir da minha família. Mas família é família. Nos últimos dias, assim como alguns que estão lendo, fugir de combinar o natal, evitando o assunto, me sentindo depressiva e com repulsa a data – como em todos os anos – mas um vídeo. Sim um vídeo, me cativou, conversas e monólogos me convenceram de que o ruim é pra esquecer e devemos aproveitar os bons momentos, mesmo sendo breves.

Esquecer os péssimos momentos e aproveitar os que virão! Okey isso é tão piegas! Se é.
Deixe-me finalizar, se não é por você a comemoração faça por alguém que valha a pena. Faça uma criança sorrir então, um primo pequeno que te irrita sempre, a sobrinha. Não deixe a magia do natal de lado, faça as crianças sempre acreditarem nela e no natal. 


domingo, 9 de dezembro de 2012

A fantástica fábrica de opniões pré-moldadas

Pras cucuias com o que você pensa. Pro quinto dos infernos com os seus conceitos pré moldados.
Eu li o  tons de cinza. Desculpe pela explosão.

Essa semana tive a oportunidade de começar a ler o tão criticado/amado/curioso 50 tons de cinza, e confesso que estava intrigada com as diversas críticas, comentários, conversas, indicações e não indicações que tenho ouvido sobre esse livro, mas duas delas foram cruciais para que eu o desejasse como foco de leitura.

Tem algum tempo que ouço falar desse livro, e como já disse o Gabriel, o pensador em outra oportunidade sobre outro assunto, "dizem que é do bom, dizem que não presta", mas a curiosidade matou o gato me atiçou. Uma grande amiga minha me indicou o livro como "reflexivo, interessante, excitante e sensual" dizendo que se tratava de uma descoberta, e uma colega de trabalho (que nunca me desceu pelas suas opiniões fechadas e carregada de pré-conceitos e preconceitos) me disse que o livro era "nojento, depravante, que trata de uma menina que faz o que o cara quer pelo dinheiro dele" e sentiu-se degradada pela forma que ele fala de sexo.

Confesso que ao começar a lê-lo cuidei ao máximo para não mostrar a capa do livro, justamente para evitar esse olhar de desconfiança ou de  preconceito, mas isso apenas por eu ainda não ter uma opinião formada sobre o livro e que eu pudesse responder.

No decorrer dessa leitura me deparei com 3 fatores que mudaram a minha vida, NOT me ajudaram a perceber como as pessoas formam opiniões e criam conceitos pré formulados, sobre as coisas pelo simples fato de ELAS não estarem bem resolvidas consigo mesmas, e não se permitem conhecer o que lhes parece inconformável. Para que possam entender o porque de tanta repercussão sobre esse livro: O personagem principal é um ricaço com problemas pessoais e adepto do masoquismo. A personagem principal é uma garota virgem, romântica, que se apaixonada por ele e que decide se entregar a ele....

Deixa eu ver se descobri qual foi o conceito que você deve ter tirado dessa prévia: Ela se entregou ao sadomasoquista porque ele tem muito dinheiro. Mas não. Não é disso que fala a história. Mostra os conflitos pessoais de uma garota que se apaixona perdidamente por um cara que é todo problemas e que ela não sabe como lidar com isso, de todo o dinheiro (que ela não gosta dos gastos dele com ela) e que ela se encontra em um frenesi sexual de sua primeira relação. Ele é um cara com problemas crônicos, que só conhece uma forma de fazer sexo, mas que se apaixona perdidamente por uma garota que é inocente de tudo e que faz ele começar a mudar, e se permitir aproximar-se de alguém não como dominador, mas como um namorado.

Meio clichê. Olhando agora, acho que jamais leria esse livro se tivesse encontrado essa minha resenha...
Bem, não vem ao caso, concordo que tem trechos de narração de sexo explícito, que são muito bem montadas, e são essas cenas que causaram o reboliço, ela descreve com perfeição de detalhes o frenesi, as sensações, as nuances, os toques e sentimentos de todo o ato, desde a eletricidade do toque antes do beijo, até os calafrios e a moleza pós orgasmo. Desse ponto eu percebi que, a mim, e a outros que estão bem com suas vidas sexuais, os detalhes do livro não perturbam  e muito menos são destoantes, na realidade ele até se torna um pouco cômico com as situações cotidianas de um mandão que tenta por na linha uma cabeça dura.

Ao tachar o livro como pornográfico, agressivo ou nojento, as pessoas estão apenas se fechando a parte sexual da história. NINGUÉM acredita em histórias de casais que não parecem reais, trazer o sexo de forma tão pontual e detalhada apenas trás mais veracidade a história. Todos estão cansados de livros, histórias, filmes que os casais nunca transam, que as brigas de ciumes quebram a casa, e onde "apanhar durante o sexo" remete a roupas de couro, chicotes e sangue. VAMOS E VOLTAMOS, toda mulher bem resolvida gosta de tomar um tapa durante a transa, gosta que lhe deem uma puxadinha no cabelo quando é beijada, gosta de ser presa nos braços do seu homem e gosta de ser dominada na cama (esse ultimo salvo as dominatrixes que dominam seus homens, mas se sentem seguras assim e esse é o ponto).

Entretanto, as pessoas que não são tão bem resolvidas o pensamento de tomar uma palmada pode até ser excitante, mas é inadmissível. Mas apenas porque não conseguem separar as questões e nunca tiveram uma situação dessas, ou pois consideram que seja errado que as emoções e misturem. E acabam sendo extremamente agressivas e preconceituosas sobre esses padrões, nunca tiveram a oportunidade de arriscar em algo. Existem pesquisas que dizem que um dos maiores fetiches entre as mulheres é transar com pessoas que elas não conhecem, ou que desejam sexo selvagem. SIM É NORMAL, geralmente medo gera tesão.

E isso se aplica aos mais diversos assuntos, religiosos com ateus, vegans com comedores de carne, as pessoas criam conceitos pré-moldados e formulações socialmente aceitas para padrões que não deveriam existir e vestem carapuças que não são suas. Muitas das pessoas que vejo criticando o livro falam das questões sexuais, não da formulação da história, muitos dos vegans que reclamam dos comedores de carne é pela questão de matar animais, não pela saúde, muitos dos religiosos que atacam aos ateus é pelo não acreditar em algo. Conceitos pré-moldados na fábrica medíocre da sociedade.

Mais vale uma opinião sincera sobre algo que você não goste, do que fingir não gostar de algo por que a sociedade taxa como errado. Rever conceitos? Não... Apenas assumir suas próprias opiniões.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O preço de uma pessoa.


Quanto você vale?


Não vale usar aqueles aplicativos de “quanto vale seu perfil”, eu perguntei quanto VOCÊ vale.  Cada um de nós tem o nosso valor alguns são mais ou outro menos, isso depende do seu caráter e do ponto de vista de segundos e terceiros.

Você demonstra seu valor nos princípios básicos que nos é ensinado. Educação, respeito, saber ouvir e falar, ajudar o próximo, ser fiel, falar a verdade, não cometer delitos, ou seja, seu caráter.

Não! Não precisa ser o mocinho com perfeita índole, o qual, nunca comete erros ou se enfurece por algum motivo pequeno.  Mas deve sim valorizar alguns princípios como ser fiel.

Ser fiel não é somente para companheiros e companheiras, mas, pros amigos. Saber lidar com eles, ajudá-los em momentos difíceis ou mesmo aqueles toscos e alegres, nos quais você teve a grande chance de estar em um local luxuoso e trocou pra ficar com seus amigos.  Aquela tarde ou noite de conversas de desabafos e conselhos ou as festas eloqüentes que rendem boas historias pros filhos e netos.

É saber sair um pouco da sua rotina para doar seu tempo ao amigo, que esta precisando de uma atenção. É infernizar essa pessoa pra saber se está bem, é defendê-la dos maus intencionados, avisarem dos perigos e da diversão. É mesmo cansado ouvi-lo e compreendê-lo, é sabe que você pode xingar e tem autoridade pra tirá-lo da cama e pôr-lo.

 Parece um trabalho árduo? Trabalho sempre é remetido a algo chato, nesse caso você faz por prazer porque seu amigo é importante e você o ama. Então a pergunta é:

Quanto você vale pro seu amigo? 


domingo, 2 de dezembro de 2012

Um lagartear ao sol

Aquele momento em que você fica perdido, olhando as paredes do quarto, apenas sentindo-se só, mas dando graças a Deus por estar assim, sozinho em seus pensamentos, sem cronogramas, sem horários, sem previsões sem programações... Sem expectativas.

A não expectativa é uma das melhores e mais desgastantes sensações que se pode ter...É complexo... É a falta de sensações, é a falta de sentimento, é a falta da angústia, da ansiedade. É o vazio emocional. é o brando, calmo, escuro, silencioso e vazio espaço emocional onde apenas você se encontra.

É nesse momento em que você se encontra, que você se delimita e de delineia. Que você consegue se entender por inteiro e se reestruturar nos seus moldes. Sempre gostei desses momentos em particular, em que me pego sozinha e distraída, olhando as paredes claras que me cercam no quarto, sem som, sem música, sem conseguir identificar o que me toma por completo. São sempre nesses momentos que consigo balancear os prós e os contras da minha vida sem deixar que o sentimental se mostre.

Muita gente não se permite ter esses momentos, ou talvez apenas não descobriram que esse momento existe, e simplesmente vive no impulso de suas emoções e não pensa em como isso pode lhe afetar, ou como isso afeta quem está a sua volta, os resultados que isso reflete no seu ser. Pessoas impulsivas te cativam e te influenciam de uma maneira tão natural que você não se sente influenciado, e quando vê está envolto em uma névoa de insegurança e impulsividade de onde é difícil fugir.

Passei uma séria fase numa dessas nuvens impulsivas, pelo medo excessivo de ficar só, durante um tempo cai nesses devaneios com tamanha frequência, que em um determinado momento simplesmente parei de sentir e comecei a apenas pensar em tudo de uma forma muito mecânica e passei a sentir falta de mim. E a sentir medo de ficar só, de me tornar menos humanas.

Sei de pessoas que insistem em tentar se trancar nesses devaneios, mas não percebem que não é forçando que esses devaneios vem, que não é ficando sozinho o tempo todo que vai conseguir invadir o vazio emocional que libera essa orda de pensamentos. Isso os torna apenas menos humanos, menos palpáveis, menos reais, menos presentes, e muitas vezes quando em grupo, menos interessantes e um bom tanto desagradáveis. Essas, tem que entender que apenas quando estiver distraído o suficiente é que conseguirá por os pensamentos em ordem, e não por que está sozinha.

Alguém uma vez disse que "solidão não é estar só, é sentir-se só em meio a uma multidão", e eu considero essa uma das verdades mais profundas da vida moderna, um dos fatores mais cruciais para o mundo que temos hoje, para a grande disseminação das redes sociais, para o afastamento de amigos, para a não saudade de pessoas próximas, para a não ausência de amigos, para a não falta de abraços, beijos, carinhos e cafunés... Esses por sua vez tem até perdido o sentido.

Eu só realmente percebo que estou carente ( e nesse ponto eu imploro por colo, carinho e atenção, mesmo que falsa e de curta duração de qualquer pessoa que possa me abraçar) quando me pego fazendo cafuné em mim mesma, o que não é um cafuné. Cafuné é receber carinho de alguém, é fazer carinho em alguém, é pegar no colo, dar um abraço, sentir o cheiro, não o simples ato de esfregar as mãos na cabeça.

É a ausência constante de expectativa, ou a presença constante da falta de esperança, já não sei dizer, que causam esse efeito. Acho que faltam paredes claras e momentos de devaneio no mundo, a redefinição de prioridades, ou apenas falta ao mundo sair pra ver a luz do sol, sem seus computadores, seus IPods, Iphones, notebooks e redes wireless, sentar sob o sol, fechar os olhos e lagartear, até que seu devaneio esteja completo.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Só um desabafo de um dia de uma crise angustiosa (Um)




onde se escondemos dessa vez??
e não chove assim à dias no peito
eu sempre odeio o gesto de talvez
talvez eu deixe de viver no meu leito

Eu sinto que as coisas andam pra traz
e agora já tanto faz
eu cuspo no meu prato e não há nada
e sempre haverá nada

Eu vou começar denovo
vamos fazer algo novo
estrelas cadentes não realizam desejos
e nunca alivia nada em que percebo

Vai ou não vai
eu vou ficar
não vou perguntar
você sabe onde vou estar...

(Quero meu direito de ser adolescente ficar nervoso a toa, encher a cara e jogar tudo pro alto)


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Eca que nojo.......



Por que o preconceito esta entre nós?


Infelizmente há vários preconceitos e eu me pergunto. Quando ele surgiu e teve suas vertentes?
A resposta em minha mente foi: Quando tudo começou a mudar e se mostrar ao mundo.
Desde que estudamos tanto na historia quanto na antropologia, notamos sermos “programados” a seguir algumas regras, costumes e leis.  O que começou os conflitos e as famosas revoluções foi exatamente, um ser pensar e agir de forma diferenciada sem ter medo de críticas e ter forças para seguir adiante.
A verdade é que não deveria existir a palavra preconceito no dicionário e nas nossas bocas, a palavra certa é RESPEITO. Não importa o quão estranho seja, cheio de piercing e tatuagens, se gosta de alguém do mesmo sexo, sua cor, sua classe. Forma de agir e pensar, não importa o quanto você é diferente deveria existir o respeito em todos os formatos de preconceito e eliminar essa palavra que nos envolve e bate na nossa cara todos os dias.
Por que é feio, pecado, indelicado e tudo mais ver dois homens de mãos dadas na rua ou duas mulheres, okey eu sei você ainda não esta acostumado a ver isso. Mas pense bem, o casal respeita a sua opinião e não fica se beijando ou pegando em momentos intensos em um local público. Mas e você hétero, já fez uma dessas?Se pegar forte com uma mulher no meio da balada e sair dela com o olhar faminto por sexo? Isso pode ser uma falta de respeito aos homossexuais.
E você que julga todo cara cheio de tatuagem e piercing. Okey ate se acostumar com a imagem é um tanto agressiva aos olhos, mas, antes de julgar porque não conhecer, assim como você todo “certinho”, este se encaixa em uma tribo, antropologicamente falando.
Não saber respeitar é a forma mais feia e impura do ser humano que se diz não ter preconceitos, seja qual for, se você tem um dos vários faz um exercício hoje. Entre em contato com esse preconceito, excluo-o da sua vida, aprenda sobre, entenda o motivo da revolta, como funciona. Aprofunda-se nele, descubra tudo e veja se realmente é necessário tê-lo em sua vida.

SUBSTIUA A PALAVRA PRECONCEITO POR RESPEITO. 

sábado, 24 de novembro de 2012

Existir e viver

A púlpila dilata
Ninguém me resgata
Eu escrava do próprio eu
Que sinto que agora morreu
Ai só me resta o vício
Acende o cigarro
Intóxica esse pouco pulmão que resta
Me conte algo que me interessa
Que nem sei mais quem sou,
mas sei sempre pra onde vou
Nunca tenho hora pra voltar,
pois o tempo é curto pra tudo que quero viver

Então deixo suas mãos novamente
tudo acaba tão de-repente
já sou tão seu
que já não enxergo eu

As mão tremem
e os passos temem
o que vem à vir
mas vou prosseguir
Já faz tempo que por não ligar
não perco a coragem
então pode ficar?
preciso de sua companhia meu bem
só assim tenho porque sorrir
e fazer bem mais que somente existir...


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Somos escravos da palavra I-M-A-G-E-M.



A imagem é o bicho que te pega e se você correr ela te come.

Imagem         
(latim imago, -inis, representação, forma, imitação, aparência) 
s. f.
1. Representação de pessoa ou coisa.
2. Figura ou efígie de um santo, da Virgem ou de Cristo.
3. Semelhança.
4. Representação (no espírito) de uma ideia.
5. [Informal] Pessoa formosa.
6. [GramáticaMetáfora.

Somos PRESOS, sucumbidos e PUNIDOS  pela palavra IMAGEM, pois ela nos envolve em todos os sentidos e a cada passo que damos, ela se torna amiga ou inimiga. É uma faca de dois gumes, um dia da caça outro do caçador. Um dia da vida outro da morte.
 Para muitos se usufruírem de uma imagem ou construir ela é um fardo da vida ou um único objetivo. Ser medico tem sua conseqüência, quem escolhe essa magnífica e árdua profissão fica mais preso do que o pedreiro ou o zelador do seu prédio a palavra imagem.  
Ela geralmente esta associada ao sucesso, entrar no mercado de trabalho, uma boa visão do futuro, a não cometer erros, ser discreto, conseguir o emprego desejado, ser o perfeito filho ou funcionário, ou seja, MASCARAS.
Sim, eu digo mascaras porque acabamos deixando de ser quem somos por causa de uma imagem! O pior de tudo isso?!Nascemos com essa vontade de ter uma imagem positiva perante a sociedade e quanto maior for a sua castra mais cobrado e se cobrará assim sendo sua vida um dia se voltará totalmente para a IMAGEM.
Sem contar os preconceitos, que vem de imagens. Quer prova disso? Braços e corpo todo tatuado, a essa pessoa é uma imagem positiva ou ate mesmo uma forma de se identificar em uma tribo, antropologicamente falando, a outros é um conceito de marginalismo puro, pecado, um ato de atroz a sua própria pessoa.
 Talvez você não tenha problemas pessoalmente com uma pessoa desse porte, mas, quem convive contigo. Seus pais, seus companheiros, avós?Aceitariam um amigo cujo corpo é cheio de marcas e desenhos? E você teria coragem de mostrá-lo, apresentá-lo ou teria medo da reação de quem o cerca?
Isso tudo é IMAGEM.
E a quanto os legados, os sobrenomes, deixados de pais pra filhos por gerações? Tudo focado sobre imagem, uma família de médico, conceituados, família de artistas, dentistas, advogados, professores. Ate mesmo sem nenhum reconhecimento da sociedade, mas, que nunca da família fez algo errado, sempre todos tiveram notas ótimas durante sua vida estudantil, seja ela fundamental ou universitária.
Não importa aonde vá, momento da vida, com quem esta.  A imagem é o bicho que te pega e te come se correr.
Em um mundo cada vez mais rápido a imagem se torna nossa forma de apresentação, nosso eu.
Resta saber, você faz sua própria imagem através de QUEM REALMENTE É ou a imagem faz de você quem é no momento?

Você faz sua imagem ou a imagem defini você?

domingo, 18 de novembro de 2012

Não mais o dia nublado

Eu sou craque em sofrer por antecedência.
Sou o tipo de pessoa que consegue chorar pelo luto de pessoas próximas só por que começou a imaginar o que aconteceria se algo assim caisse sobre ela.

Nunca fui de viver no presente, na verdade sou o tipo de pessoa que vive fazendo planos sem as certezas necessárias, segundo a minha mãe eu "conto com o ovo no c* da galinha". Não digo que isso é uma coisa boa, pois não é, mas já me ajudou a enfrentar muita coisa que eu não sabia como lidar.

Pra mim, o maior problema disso é sempre enxergar pelo em ovo, sempre arranjar chifre em cabeça de cavalo e acabar fazendo uma tempestade em copo d'água. Já me peguei tomando atitudes precipitadas e de maneiras muito erradas, pois o meu sofrimento antecipado me fez realmente acreditar que isso estava acontecendo.

Já acordei no meio da noite aos prantos, desesperada pois meus pais tinham morrido no meu sonho e eu não saberia o que fazer se isso realmente acontecesse, já me peguei tratando muito mal um ex namorado pois passou pela minha cabeça que ele pudesse me trair, já quase mandei um chefe pra puta que o pariu pois tive a impressão de que ele estava contratando alguém para o meu cargo. E a única coisa que aprendi com tudo isso é que eu sempre sofro... duas vezes.

Recentemente a Claro lançou uma campanha inteira nessa linha de sofrimento por antecedência, onde uma mulher repensa toda a sua vida amorosa em segundos enquanto o noivo tenta dizer que tem apenas uma nova viagem de lua de mel, ou um rapaz que repensa toda a estrutura de sua vida achando que sua mulher está grávida, quando ela apenas quer voltar a academia...

E eu sou exatamente assim.
Confesso que já fui bem pior, hoje aprendi a me controlar, mas ainda me encontro nesses momentos. É complicado quando você já não sabe como se manter no chão e é exatamente isso que esse sentimento te trás. Eu tive apenas 3 namoros sério, mas confesso que chorei desvairadamente pelo fim de um relacionamento N vezes, e cheguei a cúmulo de chorar por imaginar mudar de cidade e ficar longe de um possível namorado, que na época era um ficante.

Sempre fui ansiosa, sempre fui exagerada e sempre fui chorona. Essa mistura nunca pode ser muito boa, mas aprendi a conviver com isso e a explicar pra mim mesma que muito do que imagino não passa disso, imaginação. E com isso aprendi a enxergar nos outros esse tipo de problema.

Hoje, vejo que muitas pessoas na nossa sociedade sofrem desse mesmo mau que eu, sofrem sem saber o motivo e muitas vezes sem motivo, apenas sofrem e se desiludem sem motivo, e vivem suas vidas amarguradas dizendo que tudo pra elas dá errado, sem conseguir enxergar o brilho das coisas boas que lhes ocorrem.

Indico a quem sofre desse mau a usar sua imaginação da mesma forma que venho direcionando a minha desde que aprendi a lidar com isso, eu direciono minha imaginação para coisas boas, o que de bom eu sou capaz de alcançar e crio realidades alternativas para as coisas boas que podem me acontecer, e vejo qual o meio mais prático e garantido que possa me fazer chegar até onde imaginei e delimito a forma de chegar lá. É sempre bom, imaginar e traçar metas de o que de bom pode nos acontecer.

Desde que aprendi isso parei de chorar tanto, parei de sofrer tanto e comecei a ver os meus dias de sol, consigo ver a poesia na cidade, o brilho nos olhos das pessoas, a ver a vida como ela é.
Passei a ver o sol.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Inspirar o teatroooo.


A arte da vida

E eu quero beber a mais pura essência da vida.
Ter o gozo dessa magia
Do deleite da cenografia.

Sentir a intensidade do palco
Ouvir o som dos aplausos
De o público rir alto.
                                                                                                  
Quero sentir o mais belos
De todos os momentos
Dos mais atos perfeitos.

De a arte vibrar
Da magia no ar
Das lágrimas derramar.

Quero sentir intensamente
A energia efervescente
Do amor publicamente

Quero ver e beber das mais belas
Essências, das mais perfeitas magias.
Da mania de interpretar a vida.

Cada breve e belo momento
Cada segundo cada passo
Cada fala, gesto e espaço.

Quero sentir o gosto
Do prazer e respirar
A arte do Teatro.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Cinzas de sexta-feira II (O retorno pra casa)


O sol queima, então vamos embora
todos erros vão ficando pra trás
não me lembre qual a hora
eu só quero me ver em paz
Tudo mar de pinga ou conhaque
eu sei sou um desastre
e você pode nem notar                                                        
o que há por traz deste olhar

Amanhã já é outra semana
e hoje já nem é sexta
e deixar pra traz quem te encanta
será certo?

A dor de cabeça é eterna
e as narinas inflamadas
tudo hoje parece cena
ensaiadas e bem programadas
Tudo neblina solta dos pulmões
abalando e destruindo corações
e você pode nem notar
o que realmente iria falar

domingo, 11 de novembro de 2012

Crônica da vida privada.

Na última semana me meti em uma enrascada fenomenal, e consegui voltar atrás e organizar a bagunça que fiz. Eu ia dividir o meu quarto com uma amiga que gosto muito e em quem confio muito, porém que deu bobeira na hora de escolher o local. Pra colaborar com a coisas eu estava no meio de uma crise de identidade/depressão/aceitação que não me favoreceu muito na hora de me organizar, porém, me fez valorizar e muito uma coisa que eu AMAVA quando cheguei em São Paulo: A minha privacidade.

Pra quem me conhece do dia-a-dia vai estranhar, e muito, o que vou dizer agora: Eu adoro ficar sozinha.
Desde que me conheço por gente sou uma pessoa extremamente sociável e social, que adora um furdunço, uma bagunça, um movimento, mas desde que eu descobri as maravilhas de ficar sozinha (isso quando eu ainda dividia apartamento com a minha irmã e com um amigo em Xanxerê) que primo por alguns momentos de extrema solidão e introspecção.

Não existe nada melhor do que poder concentrar-se em apenas você mesmo, sabendo que não será perturbado, não será avaliado ou coisa assim. Confesso que desde que vim morar em São Paulo eu meio que surtei e esqueci dessa minha necessidade, até por que eu ficava todas as noites sozinha, podendo ficar acordada até a hora que eu quisesse, fazendo o que eu quisesse e do jeito que eu quisesse. E essa ausência de alguém por perto me deixou meio que depressiva.

Depois dessas 24 horas dividindo um quarto com alguém, me relembrei de como é bom estar sozinha, e mais do que nunca estou valorizando meus momentos a sós. É até estranho, por que, as vezes, bate aquela solidão, então penso no que passei, no que aconteceu, nas coisas que me atingiram tão rápido, que a única coisa que consigo fazer é agradecer pela minha privacidade, pelo meu cantinho, por estar só.

Tenho uma pessoa muito especial na minha vida, que vive me dizendo que precisa ficar só, porém não tem essa liberdade, não consegue se manter trancafiado no seu canto, isso pois essa pessoa ainda mora com os pais, com a presença constante dos irmãos e os conflitos familiares. Sei bem como é isso, quando se tem os pais e os irmãos em casa, você não consegue ficar isolado sem alguém vir te torrar os pacovás, sei disso pois cresci numa casa onde eu dividia o quarto com minha irmã, tinha um irmão mais novo que não sabia bater na porta do quarto, uma mãe que vivia gritando pra todos os cantos da casa tudo que ela precisava que a gente fizesse e um pai que não me deixava ficar com a porta do quarto fechada, trancar a chave então era sentença de morte.

Tendo esse panorama da pra entender como eu adoro a minha solidão, e tenho a necessidade de ficar sozinha, apenas comigo e com meus pensamentos. Me ajuda a por a cabeça em ordem, a agir com mais calma e a respirar melhor as minhas idéias. Não culpo ninguém por isso, apenas agradeço sempre que posso a essa tranquilidade.

Cada vez mais vejo pessoas juntando-se para dividir quartos, apartamentos, casas e vidas, não digo que não quero dividir a minha vida com meus amigos, apenas que não entendo como as pessoas podem não querer ficar sozinhas, não querer avaliar o que fazem e o que podem fazer, ou simplesmente se dar tempo para si, para pensar.

Pensando nisso tenho uma amiga que é exatamente assim, ela ocupa todo o tempo dela com coisas inúteis e momentos onde ela não pode e nem se permite ficar sozinha e pensar na própria vida. Ela sempre procura dividir quartos, passar o tempo livre no telefone com o namorado ou com alguém (toda vez que conversamos tenho que cortá-la pois estou pegando uma raiva características de telefone exceto na tpm que não consigo evitar), ela faz 30 atividades ao mesmo tempo e não consegue se focar em nenhuma. Realmente não sei os motivos dela para isso, mas ela evita a todo custo filosofar sobre a própria vida. Acredito que ela esteja em negação, mas não vem ao caso.

Vejo como uma necessidade do ser humano, a introspecção, não sei porque, mas acredito que todos deveriam pelo menos uma vez por semana, sentar, sem nada programado, e apenas ficar sozinho e fazer algo que lhe faça filosofar, lhe faça pensar no que faz ou deixa de fazer. Talvez seja apenas um mal da parte pensante da sociedade. Quem dera fosse dela toda.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O gosto de ser Lésbica



Mudei a ideia de texto bonitos e todos filosóficos para hoje um engraçado. Leiam e se divirtam.

Todos sabem as vantagens e desvantagens do relacionamento hétero, mas, e o lésbico. Você sabe?


  • Não corre o risco de engravidar, mesmo estando no período fértil, convenhamos como uma mulher, por mais que pareça um homem vai engravidar outra?Hein?
  • Podem entrar no provador da loja juntos e dar uns amasso, já que são duas mulheres ninguém vai impedir nada.
  • Dividir roupas, se as duas tiverem números iguais de sapatos de um guarda roupa se torna dois. Isso vale para as roupas e ate mesmo as lingeries.
  •  Mulheres sabem como lidar com a TPM, embora algumas evitem ate falar com a parceira nesses dias.
  • Andar de mãos dadas não significa necessariamente que são namoradas, mas, grandes amigas. É aquele lance de BEST FRIEND FOREVER.  O pessoal da rua pode ate desconfiar, mas, não vai ter cara de pau de pedir se são ou não, o máximo é olhar feio ou desconfiado.
  • Algumas tendem a mima e gostam de aprontar jantares, e noite especiais. E como geralmente as mulheres são detalhista , tudo é bem planejado.
  • Se esquecer de tomar o anticoncepcional, não tem problema. Por que nesse caso é apenas para melhorar a TPM, a pele ou outros fatores hormonais. Não corre o risco de engravidar.
  • Relacionamento Lesbico, tem oral bem feito. Preciso falar mais?
  • Andar pela casa ou apartamento, semi nua e a vontade sem correr o risco de um homem te pegar por ficar excitado!  
  • Foi dormir na casa da menina, esqueceu o secador?Sem problemas, esta na casa de uma mulher, ela deve ter. Mesmo sendo aqueles pequenos.
  • Aproveitando estar na casa de uma menina, ficante ou namorada, esqueceu do absorvente ou a menstruação desceu antes. Sem problemas, ela tem também, porquê?Porque é mulher!
  • Compartilhamento de produtos de beleza, todos eles. Desde o lápis, o batom, shampoo, chapinhas, óleos, cremes, hidratantes
  • Café na cama, muito normal em relacionamentos apaixonados, ou inicio. Como dito acima, um pequeno mimo.
  • DR’s, supostamente não serão problemas, porque convenhamos. Mulher gosta de falar, então deixar tudo bem claro os pontos negativos e positivos não será um problema grande. Por que ambas vão escutar.
  • Geralmente, sapatas fumam dessa forma se faltou cigarro a companheira pode ter!


domingo, 4 de novembro de 2012

Não, não era só pastel que a mãe fritava na zona

é engraçado como as pessoas conseguem ser tão diferentes em uma comunidade... Digo isso pois passei por uma situação bem adversa hj e ouvi algumas conversas no meu vai e vem desnecessário do trem...

Deixem-me explicar melhor.
Enquanto eu estava exausta em uma das muitas viagens que fiz de metro nesse fim de semana, ouvi duas meninas reclamando falando dos seus pobres namorados, e uma delas solta a seguinte frase "Pq eu meio que sou o homem da relação, as coisas são como eu quero, quando eu quero. Comigo ele tem que gastar mesmo" Fiquei indignada mas fiquei quietinha no meu canto... Então escuto a seguinte frase, "quando ele me da um presente que eu não gosto digo na cara que não gostei que acho melhor ele gastar mais no próximo." e fico pensando QUEM FOI A FILHA DA PUTA QUE DISSE QUE ISSO É CERTO. Fazer o pobre do cara de capacho???

Eu sou da seguinte opnião, homens e mulheres devem sim rachar as contas, devem sim dividir os gastos da saida a dois. Não há motivo para não agir assim. Mas a coisa ainda piora.

A outra menina concordando com tudo diz que tem que ser assim mesmo e tudo mais (¬¬) vira pra ela diz a celebre frase: "Sabe menina, meu namorado é perfeito, mas eu tenho um coroa que eu saio e que me banca, ele é casado, mas é lindo, rico, gostoso e tudo de bom"

O que tem na mente a pessoa ter uma que ela acha perfeita se simplesmente ela prefere abrir as pernas pra um cafajeste por dinheiro?? Isso pra mim ( e se não me engano pela lei) é prostituição. Não entendo como essa possibilidade é boa aos olhos de alguém, não sei como alguém pode pensar que sexo por dinheiro pra coisas futeis é bom. O pior é ouvir que essa pessoa coagiu a filha e a mãe dela a mentir pro pobre namorado da pessoa como se ela realmente tivesse sorte na vida.

Pra mim o nome disso é filhadaputagem. E ponto final.
É muito inadmissível para mim que alguém faça isso com uma pessoa com a qual ela supostamente quer casar, pois sim, segundo palavras dela para a amiga gastadora do dinheiro do namorado, com o namorado ela quer casar, construir família e ainda, quem sabe ter filhos, e o velho rico dela era só pra pagar as contas enquanto ela não casava.

Fico pensando qual a formação intelectual e familiar dessa pessoa, se toda a sociedade é assim, se tudo anda perdido desse jeito, ai encontro o que talvez seja a salvação.

Quando estava quase chegando no meu destino com todas as tralhas que eu tinha que carregar a pessoa me olha e oferece ajuda com u sorriso estampado no rosto e a seguinte frase "eu sei o quanto é ruim ter que carregar tanta coisa sozinha."

Aceitei de coração e sorriso aberto, estava cansada demais para não aceitar, mas troquei a maior ideia com a Amanda, uma pessoa adorável que me contou que trabalhou 3 meses em Manaus, que fez de tudo pra ajudar a empresa e voltou ontem. Uma pessoa que de tão doce me deixou até tranquila e descansada, e me deu uma esperança de que o mundo pode ser melhor.

O mesmo se encaixa para uma senhorinha que me deu a mesma ajuda no inicio do meu trajeto, ela não me disse muito sobre sua vida, apenas me disse que "Deus é bom, está sempre ao nosso lado e nunca deixa ninguém na mão, até quem vive aprontando tem ele perto, por que não quem corre atrás da vida de forma honesta". Confesso que não sou o tipo de pessoa que vai a igreja, mas todas as manhãs e todas as noites lembro de trocar uma ideia com God, e agradecer o que ele me dá.

Esses dois momentos, no início e no fim da caminhada apenas me fizeram pensar na diferença entre as meninas do metro e as pessoas que me ajudaram (não pela questão da ajuda) mas sim pela forma de agir com o próximo.Nos relatos das meninas do metro senti que a humanidade não tinha salvação, que tudo que eu aprendi em minha vida estava errado, ou antiquado.

Mas ao me deparar duas vezes com uma ação tão sublime e tão doce, feita de tão bom coração apenas me abriu os olhos para o fato de que a sociedade não está perdida, mas sim que apenas existe filhadaputagem demais no mundo, e sempre pegando as pessoas boas pelos pés.

Não sei se sou boazinha demais, mas sempre caio na filhadaputagem de alguém, sempre me fodo de alguma maneira, e sempre tomo na cara por ser muito querida, mas talvez isso seja apenas a minha forma de salvar a humanidade, talvez seja apenas o jeito certo de certo, afinal, eu sempre acabo me reerguendo de uma maneira ou de outra, e pelo que sei, os filhosdaputa nem sempre se erguem.

Talvez a coisa seja agradecer a cada dia mais e mais a Deus por me guiar e me deixar sempre no caminho, por me manter essa menina besta e boazinha demais indiferente das filhasdaputagem que me façam. E ensinar a quem está ao meu redor que talvez seja essa a saída.


quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A minha infância foi melhor....



 Essa infância não volta mais!

Desculpe se o texto parecer corrido é que houve imprevisto, mas, não deixo mais na mão a salada não.

Que tal falar da infância hoje?
”O que a Jéssica falando da infância?!”  

É porque não, vamos fazer uma comparação com as crianças de hoje!
No meu tempo tudo era na rua, pique esconde, pega-pega, taco- ahh apesar de ter jogado pouco muitas pessoas da minha idade hoj, perdiam horas jogando taco- banco imobiliário entre outros que logo citarei.

E a publicidade nos influenciando?Veja bem:

  1. Os tazos, os sem encaixe. Recorda-se que vinham dentro dos salgadinhos  da Elma chips, e era a mania da época, você quem viveu essa época deve se lembrar das tardes de “partidas”para ganhar mais tazos. Foram evoluindo aos poucos, primeiro eram apenas com desenhos da Looney Tunes, depois foi surgindo uns maiores com cores de ouro, prata e bronze. Em seguida os maiores e mais grossos para se jogar- para quem não sabe, a ideia era juntar os tazos numa torre e os que você virava ao bater a mão ou esse tazo maior, você adquiria esses virados- por fim, surgiu os que se encaixavam ae você podia lançar seus tazos ou fazer “esculturas” com eles depois  inventaram ate o porta tazo e variantes. A ideia era simples, criar um desejo no consumidor de sempre ter algo o mais relacionado a isso, e dava certo.   


  1. Os Geloucos- Recordo que os primeiros nem brilhavam no escuro, depois foi surgindo esses que faziam a festa da criançada,  era uma coleção enorme! Demorava pra ter todos, era muita compra de coca-cola pra juntar os pontos e conseguir um gelouco.  Aqui  , é uma pequena noção da coleção.  Era uma diversão, trocar com os amigos as mini aturas repetidas

  2. Por falar em Mini aturas alguém aqui se recorda dos Mini Craque, em época da copa que ate mesmo foi pra outros produtos como cornetas da coca? Os craques, claro, eram uma espécie de caricaturas dos nossos atletas, vinham com seus nomes em baixo e uma bola. Existia ate uma mini taça!claro, que se tornou a febre!  

   

  1.                  

  1. As Mini garrafinhas? Todas se tornavam um chaveiro depois, também itens colecionáveis. Apesar que essas foram lançadas em épocas diferentes, as que recordo colecionar eram justamente as coloridas, lançadas depois de 2000.  
     
  
  1. Ahh sim, esqueci de citar a mãozinha nojenta do  Pega Tazo aquela coisa grudava em tudo e sujava com facilidade. Mas era febre!
     

  1. Aproveitando o halloween e coisinhas nojentas. Vinham nos salgadinhos, partes humanas. Também eram nojentos, quase o mesmo material da mãozinha. Só que esses eram mais consistente e emborrachados, sujavam com tamanha facilidade, perdia do mesmo jeito, mas, eram divertidos brincar com eles.

    Susto Partes , era o nome do produto. Dê um clique no nome e terá uma foto. 


  1. As mini aturas dos pokemons!Aaaaaaaaaaaa quem é que aqui não se recorda. Vinham na promoção do refrigerante guaraná caçulinha. Era tão divertido – e barato comprar na época- que quem colecionava, não só ia atrás dos pokemons como travavam batalhas iguais do desenho. Detalhes, vinham em uma poke bola!

    Propaganda dos Pokemons  - clique <-----
  2. O nosso tão amado Kinder Ovo com suas intermináveis e amáveis coleções?!Antigamente ele era bem mais barato, acredite leitor novo, cheguei pagar um real pelo kinder ovo. Suas coleções eram muito divertidas, cada época tinham uma nova versão, lembro dessa aqui ó. 
  3.  
 

  1. Aaaaaaa se recorda de um pirulito que você colocava no dedo e chupava? PUSH POP! Isso, mesmo. Aquilo era delicioso, mas, quando era calor e você esquecia no seu bolso, tornava-se uma meleca nojenta! Hahahaha

  2.  Tamagotchi!Okey eu deixo você gritar, respirar e falar da sua experiência com ele.......pronto. Sim, eu tive um, vivia cuidando no meio da aula. Era tão febre, que minha escola queria proibir, porque sem exceção todos na aula tinham e se distraiam brincando com o animal virtual de estimação, dando comida, fazendo ele fazer xixi o totó. Eu confesso que muitas vezes matei o meu bichinho e depois ressuscitei.


Nossa tem muito mais nostalgia, mas, vou para  por aqui e fazer as perguntas:

Qual é a infância de hoje em dia e qual é a sua graça?  

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Entre pedra e estrada


Não há mais caminho
é mês de maio e estou sozinho
Eu perdi o carinho
e agora falo baixinho
em seu ouvido
talvez tenho sido
outro mau entendido
talvez tenha perdido

Há outro Mar que não nadei
sempre me pergunto onde errei
talvez seja antes de perceber
ou antes mesmo de te conhecer

Fica aqui pra poder me desviar
do que me machuca e faz sangrar
diz que a idade vai trazer novas marcas
e só não queria que as facas
apunhalassem sempre por traz
me lembra o faz e satisfaz
às vezes não me sinto capaz
de tirar as pedras que me faz

Ficar pra traz...
Não me satisfaz...

domingo, 28 de outubro de 2012

Games: a Realidade Paralela.


     Essa ultima semana eu fiz algo que a mais de um ano eu queria fazer... Comprar um Playstation 3!!!


    Eu sempre tive em mente alguns jogos que eram continuações de jogos de consoles anteriores, como Metal Gear, God Of War, Grand Theft Auto, Final Fantasy, e por existirem tantos jogos novos no mercado resolvi comprar uma revista de games para saber quais são os mais comentados atualmente, e percebi que durante o pouco tempo que parei com os video games, houve uma revolução muito maior do que eu imaginava.

    Antigamente tinhamos jogos simples como sonic, mario, alex kid, shinobi... jogos que podiamos fechar em um único dia... conforme os video games foram se desenvolvendo o tempo que se levava para fechar algum jogo sempre aumentava (não levando em consideração a série final fantasy), e vendo aquela revista, li um detonado (apenas a parte 2 do detonado) de um RPG chamado Skyrim, e santo Deus!!! O Jogo é imenso!



    Eu quer gosto de jogar o jogo até o final de descobrir tudo o que existe pra ser descoberto no mesmo, porque alguem trabalhou e teve ideias para poder montar o jogo, imaginei o quanto tempo de minha vida eu poderia perder apenas desvendando os mistérios daquele jogo.

     Ai que me dei conta. Não é perca de tempo. Apenas estamos nos dedicando exclusivamente à um único jogo!

     Pensando nisso, ao ler a matéria da revista, vi que os jogadores estão sendo classificados de diversas formas, como aqueles que jogam apenas RPG, os que jogam apenas Shooters, Multiplayers, jogos esportivos e etc... estamos cada um de nós gamers adquirindo identidades em nossos video games.

    Podemos ser bandidos, heróis de guerra, heróis de histórias mega elaboradas que ultrapassam a criatividade de qualquer roteirista de cinema, ser um praticante de algum esporte e atingir um nível profissional numa realidade virtual... a questão é que estamos vivendo uma era em que não apenas jogamos video-games mas sim adquirimos uma nova identidade. Eu me sinto frustrado pelo fato de pensar que levarei talvez meses para poder finalizar um jogo por completo, de cabo a rabo, quando a dez anos atrás eu curtiria uma variedade imensa de jogos, vivenciaria em menos tempo um maior número de histórias, das quais adquiri muito conhecimento e obtive uma nova perspectiva sobre muitas coisas ao meu redor... quanto tempo até a galera que já nasceu nessa geração adquirir tal perspectiva com games tão longos!!!


    Se antes eu jogava um jogo para simplesmente me distrair desse mundo maldito que me rodeia, hoje eu literalmente fico offline da minha vida para logar num mundo virtual, pegar minhas armas e munição, encontrar nesse mundo meus colegas de trabalho e até meus chefes, porque não, e nos encontrar em algum local desse mundo virtual e partir para invadir uma base militar inimiga, destruir multidões de zumbis e por ai vai.



    Tudo o que eu queria era não ter mais uma vida da qual eu poderia me arrepender... Eu apenas gostaria de continuar tendo várias vidas, onde cada qual me ajudaria intelectualmente de alguma forma em algum momento, e se ao final eu me arrependesse, ainda existiriam outras pelas quais eu talvez pudesse me orgulhar.

Parte 1


Ela olhou pros lados e se viu sozinha na multidão. Não que ela não soubesse como chegou lá ou como tudo isso aconteceu, apenas percebeu que as coisas já não tinham o mesmo brilho, as intensões já não pareciam tão convincentes e nem mesmo aquela ideia tranquilizadora parecia surtir o mesmo efeito.
Ela apenas respirou fundo e imergiu naquele mar de gente, aquele mar cheio de desilusão e desesperança, talvez até um pouco de dor e desespero, mas não foi o suficiente para limpar a sua mente. Também, como poderia ela limpar algo tão contraditório de sua mente tão cansada. Como poderia ela simplesmente ignorar aquela sensação de abandono e orgulho que não lhe permitia acalmar o coração e muito menos tomar uma atitude pra resolver.
 
Queria ela que as coisas fossem mais simples, que as respostas fossem mais sinceras e imediatas, que as complexidades fossem tão grandes quanto a escolha do tipo de chocolate que quer comer. Uma pena que o mundo fosse assim, cheio de pessoas que agem como se não se importassem ao que fazem com as outras, de pessoas que simplesmente reclamam do mau que alguém fez a elas sem perceber que estão cometendo o mesmo erro que lhes foi cometido. Por que as pessoas simplesmente não aprendem e seguem em frente em vez de ficar repetindo o que viveram, em vez de ficar refazendo os erros que tanto as atormentam.
 
Ela já não tinha esperanças a muito tempo, não tinha mais a ilusão do príncipe encantado, do cavalo branco, das cenas de amor, dos buques de rosas... Aliás, disso fazia muito tempo que abandonou a esperança, nunca recebera um buque de rosas, na verdade nunca recebera uma rosa sequer, nunca recebera um momento de atenção que não foi solicitada.

Justo ela, aquela menina romântica e sonhadora que sentada, olhando a vida passar pela janela de seus olhos, esperando aquela atitude, um movimento inesperado, uma ação que a deixasse ofegante, e quando finalmente acho aquele que lhe conseguia tirar o folego, aquele que conseguiu reacender o resto de esperança no seu coração em cinzas, também percebeu que não era pra ela aquele carinho.

Percebeu que não era pra ela aquela atenção, aquela dedicação, na verdade percebeu que nunca houve uma real dedicação a ELA, aquela que ali estava, que ali se mantinha, que ali aguentava, a espera de um sorriso bobo, a espera de uma palavra de carinho, a espera de algo inusitado que a fizesse sorrir.
 
Não conseguia entender o dilema, como alguém pode te querer por perto e mesmo assim querer estar só? Como pode alguém pedir que fique e te tratar com tamanha indiferença? Como pode alguém dizer palavras tão doces pra depois fingir que nunca te viu na vida? Como ela poderia continuar essa luta com os fantasmas vivos do seu passado?
 
Não quis chegar a conclusões, apenas seguiu andando no meio da multidão, já sem forças para reclamar, já sem ambições que lhe permitissem uma atitude, já sem anseios aos quais responder, já sem vontade para lutar por aquilo que realmente quer. Abaixou a cabeça, senti o cheiro da realidade podre ao seu redor e abafou os pensamentos em conversas alheias. Não que tivesse desistido, apenas não iria mais lutar, a partir de agora iria apenas responder as ações do destino

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Eu tenho 20 segundos.....





Quanto tempo do dia?


Eu tive uma palestra, na segunda feira, com o João Ramirez da Colméia.  O tema Branded Content e a TV do Futuro. E o que isso tem haver com os títulos?Tudo.

Estamos cada vez mais conectados e modernizados.  Eu mesmo estava há uma hora atrás no telefone, procurando algumas informações na internet, no facebook e me comunicando por gestos com o meu pai.  Muita atividade ao mesmo tempo, muita informação em questões de segundo, sim segundos. E você caro leitor sabe disso.

Por um lado é muito bom, economizamos tempo, adquirimos conhecimento, mesmo que seja um tanto fragmentado. Adicionamos informações e experiências.
Além disso você tem a oportunidade de divulgar tudo em pouco tempo, tudo é instantâneo, imediato, rápido.

A internet tem sido a melhor ferramenta, para tudo incluso fofocas, o seu produto não chegou no prazo a sua casa, basta reclamar na internet- e se a empresa tiver  a equipe especializada ou treinada para os feedback – logo um retorno será comunicado. Ou seja, o meio virou o mundo virtual.

Agora eu me pergunto: E aquele contato visual? A minha preocupação é de perder esse momento de contato direto, face a face, do tato, do olhar. Hoje em dia ate namoro virtual existe. Dessa forma, perde a magia, o encanto e a beleza.
Sou favor da tecnologia pro trabalho, não pra relações, a internet distancia muitas vezes ao mesmo tempo em que diminui.  Mas veja bem, enquanto estou- e você também- em frente ao PC, quantos minutos de conversa perdemos com nossos familiares? Ou namorado(a)?

A questão é. Quanto tempo do dia você gasta em frente ao computador. Sabia que esse tempo podia ser dedicado a algo que lhe beneficiasse mais?Um beijo apaixonado, um encontro, uma festa, um acampamento ou ate mesmo conhecer a sua futura família.
Finalizo com um vídeo!E pensem nisso....



sábado, 20 de outubro de 2012

Crenças...

Engraçado como existem tantas crenças no mundo. Mais engraçado ainda é o fato de muitas não se bicarem.
Não digo o fato se bicarem de uma criticar a outra, mas sim pela atitude meio que de partido político que cada uma possui de querer mais fiéi$ para suas igrejas e afins, o que me faz pensar cada vez mais no caminho que as coisas estão caminhando.

Não sou o ser mais religioso nem o mais correto para debater o assunto.
Quando adolescente, eu e um amigo um dia simplesmente por falta do que fazer, resolvemos frequentar um culto de todas as religiões que temos aqui no bairro.

Fomos na assembléia de Deus, igreja baptista, evangélica, casarão, e mais umas minúsculas de garagem, fora do bairro fui em um centro espírita Kardecista também... fomos barrados no salão das testemunhas de Jeová por não estarmos trajados de acordo (o salão fica á dois numeros da minha casa, descendo a rua), recentemente assista uma gira em um centro de umbanda (a qual gostei de ter comparecido e poder ver do que realmente se trata a umbanda). Todas pregavam a mesma coisa.

A mesma coisa que eu digo é o amor a Deus e ao próximo... porém cada uma com seus devidos modos e atitudes, um tanto radical as vezes.

Sempre que chegavamos a um novo culto eramos bem recebidos por todos e, por sermos novos, nos perguntavam o porque estavamos indo lá e de que religião pertenciamos (detalhe para esse verbo "pertencer")
E ao mencionarmos que não pertenciamos a nenhuma, logo nos sentiamos como um frango assado jogado á um bando de mendingos em plena praça da sé na hora do almoço pois logo vinham umas 5 ou 7 pessoas conversar conosco e tentar nos converter. Essa hora é a parte que eu mais sentia nojo.

Ser convidado a ingressar é uma coisa, agora ter de aguentar um bando de fanáticos tentando convencer alguém de que a religião deles é boa e que deveríamos frequentar por mil motivos, uma vez que fomos assistir o culto DE LIVRE E ESPONTÂNEA VONTADE, se tornou o principal motivo pelo qual nunca mais pisei em nenhum templo ou igreja, a não ser em centros espíritas, onde fui bem recebido com um sorriso no rosto e simplesmente convidado a comparecer mais vezes, sem as pessoas se gabando de estarem frequentando aquele local.
A questão é... qual o sentido? Todas parecem ter virado partidos políticos tentando conseguir mais adeptos para seu Deus, muitas vezes representado por nomes diferentes. Jah, Deus, Jesus, Jeová, Oxalá... foi exatamente a impressão que me foi transmitida. Outra coisa que odiei, foram os pastores ao invés de pregarem o amor, citar passagens da bíblia e etc, mais ficavam criticando as coisas cotidianas que todos fazíamos... literalmente dar um sermão nos fiéis para que se sentissem tão culpados quanto uma criança que toma bronca por derrubar a geladeira após escala-la para pegar um gelinho no refrigerador (sim... eu tenho trauma da bronca que levei aquele dia). Isso ai pra quem nasceu até na decada de 80, porque essa galera da decada de 90 nunca levou uma chinelada de havaina azul pedreiro style na bunda, ou sequer manja o que é uma boa cintada... enfim...
 
A questão é... qual o sentido de ir num local onde um bando de pessoas se reúnem para escutar um discurso (não estou falando para assistirem culto online ¬¬ ), quando esse discurso não lhe acrescentará em nada... até pode dar um certo rumo na vida de alguém, mas das pessoas que conheço, ninguém realmente tomou rumo por mais de 2 meses.

Engraçado como vivemos numa sociedade onde o único local que deveria realmente pregar o amor ao próximo acima de tudo, as vezes se demonstra ser tão hostil sem que as pessoas o percebam.

Avenida Brasil, esquina com a Alienação

Vou ser curta e grossa.A NOVELA É A BURRALIZAÇÃO DA POPULAÇÃO ALIENADA.Pronto.

Mas agora esclarecerei. Não é culpa apenas das emissoras de TV, mas sim das más condições cedidas pelos governos às populações, a falta de estrutura básica, a falta de condições, a falta de acesso a cultura. a falta.

Mas o que mais me incomoda nessa história toda são os falsos revoltados que apenas reclamam das coisas sem ao menos se prestar a analisar as situações. Hoje a população brasileira encontra-se numa situação de imensa alienação cultural, que apenas adere a aquilo que é vendido nos meios de comunicação de massa, aquilo que é bonito, que agrada aos olhos, que é fácil de entender, que não é difícil explicar, que pode deixar a vida mais prática.

Afinal, todas querem ser uma Suelen, mas ninguém quer ser chamada de piriguete e de vagabunda na rua, todos querem ser um Darkson e conquistar a sua Tessália, mas ninguém que ser a chacota da galera ou algo assim. Ser o personagem inteligente, ninguém quer.

A vida fácil é o que move a população, mas porque? Por que a vida real já é difícil demais. O segredo do sucesso do bairro do Divino (devo admitir muito bem elaborado na trama) deu-se não pelas características que o faziam parecer real, não apenas pelos seus personagens simples, mas sim por ser um bairro tranquilo. Quantas vezes você viu um personagem reclamando de assalto? Quantas imagens de esgoto a céu aberto você viu? Quantos trombadinhas apareceram? Não, os mandados pelo Max e pela Carminha não conta.O que a população quer é sonhar com a vida fácil e sem problemas, onde você pode sair de casa sem trancar nada porque nenhum trombadinha vai invadir, que o único problema que você tem é que o seu namorado burro, mas lindo de doer, está em cima de uma árvore a dois dias gritando o seu nome pois você está brava com ele (e até nisso você sonha). 

O cotidiano da população é sofrível demais, e isso é o que permite esse encantamento da população com as novelas (as boas diga-se de passagem). O nome disso é Imagem refletida. O telespectador reflete sobre o personagem, sua vida e sua trama a própria imagem, e passa a se imaginar como ele. É uma forma simples de tentar melhorar a vida, é a forma mais fácil de aliviar o stress e imaginar que a vida pode ser mais fácil. E muitas vezes se acaba acreditando nisso. E assim surgem as tendencias.

E eu ainda tenho que ouvir que o país é dominado pelas "famílias Marinho, Santos e Record"! Não bastasse a pessoa não saber que as famílias Marinho, Abravanel e Macedo apenas querem encher seus bolsos, ainda os culpa pelas atitudes da população.

Não estou defendendo ninguém, apenas explicando que as políticas governamentais mal estruturadas permitem que isso. Não estou de maneira alguma defendendo as emissoras de televisão que apenas estão ganhando o seu dinheiro, estou sim defendendo a idéia de que, se as políticas públicas fossem melhor elaboradas e mais estruturadas, mais incentivo na educação e na cultura, garanto que a história seria outra afinal, quem sabe grandes clássicos como é o caso de Gabriela de Jorge Amado ou Anna Karenina de Tolstói.

A questão é que a cultura popular, mesmo vulgarizada, é o que permite que a população consiga se reerguer e continue a lutar pela sobrevivência. Acredito fielmente que, se tivéssemos mais educação, cultura e condições as emissoras não inventariam histórias onde a menina pobre volta pra se vingar da madrasta e sair como mocinha na história, mas sim estaria filmando sobre obras clássicas como as que já sitei. 

As famílias Marinho, Abravanel e Macedo são apenas donas das emissoras. Os grandes culpados são os Senhores José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares e outros tantos que enriquecem com o nosso suado dinheirinho que deveria ser encaminhado para saúde, educação, cultura. E pela Burralização da população, você deveria culpar a família Bone e todos os seus seguidores  responsáveis pela BURRALIZAÇÃO da população com programas como o Big Brother Brasil que alienam a população sem nenhum incentivo cultural, diferente do que foi Avenida Brasil, que deu destaque a livros de grandes autores como Dostoievski e Tolstói, dois grandes clássicos russos. É fácil criticar quando não se sabe separar as coisas. Eu como publicitária aprendi a duras custas que cultura popular e burralização da população são facilmente misturadas, mas se separadas e a cultura focalizada a população só tem a ganhar.


Pra uma novela fazer o 1 bilhão de reais em publicidade (intervalos comerciais e merchandising) que Avenida Brasil vez a população tem que se identificar com ela de alguma maneira. O bairro do divino foi fielmente estudado para fazer você lembrar do seu bairro e sentir-se em casa. Isso é cultura popular. A forma de agir de cada personagem do subúrbio e a atitude das madames da zona sul foram estudadas para que você perceba como é o brasileiro e queira ser tão feliz quanto eles. Isso é cultura. Se a cultura popular não for estudada, a emissora não faz rios de dinheiro.


Acredito sim que a população poderia ir muito mais longe se fosse motivada para isso, se as políticas públicas direcionassem o pensamento. Hoje, é muito mais fácil sentar no sofá e ligar um botão do que ler um livro de 500 páginas com palavras difíceis. E pro governo é até melhor que a população não se interesse. É um ciclo vicioso.

Meu sonho é ver a população com nível para entender tramas como Os Miseráveis e O príncipe, entendendo a profundidade de Luis Fernando Veríssimo com sua Comédia da Vida Privada, a sedução de Nelson Rodrigues em A vida como ela é, que consiga encarar de frente a simplicidade e a maturidade de O pequeno Príncipe. Mas pra isso, ainda tem muito chão.