quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Ás horas vagas de espera vazia

São apenas 12:58 de uma quarta-feira de tempo estranho, uma mescla de calor e céu nublado. O tipo de dia que acho perfeito para subir até a praça que fica a pouco mais de 5 minutos do escritório e ficar de bobeira vendo o tempo passar.
E ainda assim estou aqui, sentada nessa sala de reuniões esperando para me redimir de algum erro que eu possa ter cometido com alguém da agência... Vida difícil essa de ser rígida nas escolhas e dura nas decisões.
Não sou o tipo de pessoa que admite falhas sem dono, que permite erros sem culpa, nem que finge compadecer perante a falta de boa vontade, e ainda assim estou aqui, sentada nessa sala de reuniões esperando por alguém que não vem.
Eu sempre soube me dobrar as necessidades quando algo não ia bem, pedir desculpas quando estava certa, ouvir as reclamações de quem estava errado, não que eu fosse santa ou algo assim, apenas sei nadar muito bem quando a água bate na banda, e antes nadar bem e veloz que morrer afogado na praia.
"O rápido come o lento".
Essa frase retumba na minha mente toda vez que penso nessa situação, não sabe me julgar quem pensa que estou colocando uma máscara de coitadinha e que quero só parecer mais limpa do que sou. Não me conhece quem espera que eu vá cair de joelhos implorando perdão divino e vá sair correndo atrás das pessoas que acredito terem algum problema comigo.
O que eu realmente espero dessa semana que vou passar sentada esperando por pessoas que não vem? Que elas aprendam a importância da persistência, que descubram o significado da fibra moral, que repensem seus conceitos de convívio e que depois dessa semana de sala vazio e coração aberto aprendam a relevar.
Se você não está disposto a enfrentar alguém para resolver um problema, é porque esse problema só existe na sua cabeça e está na hora de você esquecer isso e dar um passo a mais no seu crescimento pessoal.
E se alguém realmente decidir falar? Então eu vou ouvir, com a alma, com a mente aberta e vou aprender algo novo e de novo vou poder evoluir.


quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Uma mesura à mediocridade

Quem nunca teve vontade de mandar o mundo tomar no cú?

Eu terei de ser franca com vocês, eu estou nesse ponto agora, estou com uma vontade imensa de mandar alguns filhos da puta que conheço a merda e soltar muita coisa que está entalada na minha garganta. Mas não existe hora e nem forma certa para fazer isso.

Se existe algo que realmente me tira do lugar é a mediocridade, em qualquer esfera.
Não acredito que as pessoas tem que saber tudo sobre tudo, apenas acredito que se você se propõe a se dedicar a algo, a gostar de algo, a fazer algo, faça com vontade, com prazer, para ver bem feito. E quando isso não é assim prejudica todos que estão a sua volta, agride o grupo, maltrata quem trabalha com você, quem vive com você, seus amigos, sua família, seus colegas de trabalho. 

A sua mediocridade fode com a vida de todo mundo.

E quando isso acontece você instaura na vida das pessoas uma decepção tão profunda que vai destruindo a pessoa, pois as pessoas se irritam por tudo e nada, se queixam das coisas mais ridículas, sentem dores de tensão por todo o corpo e perde a esperança. E então fica apenas o cansaço, a exaustão e a percepção de que você está decepcionado.

A decepção esgota a alma.
Ela cansa o corpo, destroça os sentidos, amortece a razão e cala a sensibilidade. Você perde as forças, abre mão das lutas, esquece as batalhas, abandona as glórias e simplesmente desiste de tudo aquilo pelo que sempre trabalhou, mas o pior é que você nem percebe que chegou a decepção, você continua se debatendo entre o ódio, o desespero, a loucura e a imensa vontade de por a vida nos eixos.

E então acaba. Simplesmente acaba e fica apenas o cansaço, o esgotamento. e a sensação de vazio por não saber o que fazer.

Eu cheguei nesse ponto. Eu não tenho mais forças para lutar, eu perdi as esperanças de mudar, encaro todas as conversas como uma afronta, uma ameaça ou uma indicação maldosa, e tudo isso porque me decepcionei demais comigo, com os outros, com a mediocridade alheia que me faz trabalhar o dobro ou o triplo sem o reconhecimento, pois a mediocridade quando se instala em "escala industrial" não reconhece o trabalho bem feito, não entende a diferença entre certo e errado, não respeita o tempo de cada coisa e destrói tudo aquilo que tenta resistir.

Acho que no final das contas eu preciso realmente falar tudo que está entupido, mudar de ares, dar um tempo ou dar um jeito de não me importar, antes que a mediocridade tome conta de mim.